segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Jordana, o rio

Ae, abençoado Jordão, ou Jordana, como preferirem.

e perdoem a qualidade do som, é fundo de quintal. e a foto, bem... acho que uma só pra se ter idéia de quem é essa mujer.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

no rain



Cinco e meia da madruga e o céu já descoberta o sol, manchado de luz, de azul, de amarelo. O corpo experimenta a frescura das primeiras horas. Sem ressaca, coberto com lençol, se esticando pra pegar o comecinho do dia.
Um salto e tudo não está mais no mesmo lugar. O chão varrido, as roupas no banheiro, a calcinha dela no box, as unhas dos pés grandes tirando pelos do ralo enquanto canta i’m soul singing, e no rain, misturando à aurora o som das pedras que não vão criar limbo. Mas já viu quando o sol toca o lodo? Ele brilha, como uma esmeralda, e transpira como que de alegria.
Essa manhãs não são fáceis assim, são até bem nostálgicas, porque tem-se a mania de sentir saudade do que ainda nem perdeu, e assim perde-se o presente no choro do futuro. Não! agora tá bonito esse horizonte aí bem em frente com prédios, postes ou barulho de carros. E em plena cidade, um bucólico amanhecer faz das ruas a velha estrada poeirenta da juventude, que dá direto em todos os lugares, é só tentar. E imaginar.
Deixa-se o café com pão pra ela sob o pano de prato na mesa. Um bilhete: até mais, amor. A garantia de voltar é decisão: quero ficar contigo. E sozinho descerá a primeira ladeira em direção ao trabalho.



Kaio.

domingo, 9 de outubro de 2011

onde o horizonte

E achei que perdi o horizonte, ou, sei lá, não deu pra enxergar. O que vi foi uma novela de todos nós, de sangue ruim, precisando de paixão, que foi fodido, expropriado, que vive marginal à uma corredeira de valores que enlameiam a calçada. É o mundo. e ??
Pra falar em crimes, quem foi sangue ruim o bastante pra meter bala na múmia do shopping? Resolve? Quem é vítima? A burrice cruel da ostentação? Hum?
Quem viu a prostituta gorda fazer um boquete no banheiro da zona, só de camaradagem, porque você chegou chapado e sem rumo trocando as merdas da sua vida com as dela? E no dia seguinte tu tava no troninho médio da classe novamente, e ela, cuidando sozinha da criança, esperando a noite chegar pra levar mais uns tapas na bunda dum qualquer que se desespera em gozar todo esperma na sua boca.
Ou você e teus camaradas, fazendo a via-crucis dos bares, cheirando umas pra sumir pra lua, longe do olhar nojento de quem conserva bibelôs de ilusão, achando que tá menos fodido que vocês porque tem carro popular ou bebe brahma e você conti, que não vai ler teus poemas, que não vai ouvir Edvaldo Santana, nem saber quem é, não vai assistir à uma sessão de Barfly contando sobre quem foi expulso da sociedade do mesmo jeito que a classe média dá descarga no cocô e acha que não vai feder. De quem é isso mesmo? Quem falou?
E os aviões já vomitaram para-quedas, Zé, hoje vomitam cocaína. Por isso mesmo a viagem à lua. Ocupar um outro espaço, já que esse parece não ser nosso num é?!
E às vezes a gente se esquece, e acha que eh só literatura.
E esquecer é natural, não interessa mesmo lembrar, né?! Passado, quem tem? Qual terra expropriada de si, qual povo, hã? O Nosso? Qual povo engole coisas que alheias? Eu tô falando é da coisa de olhar no olhos, clarear as intenções, saber que não caga dorme e fode sozinho nessa vida, ou tá atulhado, todo mundo junto à toa porque quer? Quem sabe, mas tornar o convívio melhor, ou, sei lá, um senso de não pisar em cabeças, saber que cada privilégio é um direito roubado, né, umbigo do mundo?!
A esperança sempre foi uma das forças dominantes em todas em revoluções e insurreições, vi Sartre citado, num doc sobre Milton Santos. Mas taí, a esperança. Acima, algumas histórias.



Kaio.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Re-talhando poesia



Protegida – a vida
nasce – o tempo;
Pai-zeloso.
O que se passa?
Ave-incognita
Voa sem resposta,
Vem a ser – imagem.



Maicoln Viott Benetti

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Bo e Mia


Bo e Mia sempre envolve alegria.
Destemida presunção arranjada em topicos banais
Mas nada fora de direção, sentido não é poder












Vinicius