foto: Kaio. Curitiba, Sítio Cercado,meados de 2011.
Eduardo Galeano, o uruguaio, diz em seu livro O teatro do Bem e do Mal que os muros da cidade não são de ninguém. que os muros da cidade dividem algo imaginário, ilusório: a propriedade pública da privada. Claro, Galeano! Quem disse que esse pedaço de chão é meu, e esse é teu? mas Galeano, além, diz que "pobre das cidades que têm seus muros quietos". Os muros são como painéis, devem expressar sim o que a cidade é, o que pensa a cidade, o que ela quer. já bastam os jornais que não dizem nada, já bastam os veículos de comunicação em sua viagem débil mental, poluindo a existencia, caricaturizando tudo. o que tens a dizer? diga no muro! e o stencil? otimo. faça o que Leminski disse: use a publicidade pra coisas mais interessantes, por exemplo, compartilhar questionamentos e não aderir produtos. quero que a minha cidade se olhe, e veja, o quanto está despida de si mesma - agora, é ao contrário: deveria tu cidade se vestir de tintas, de pessoas, e deixar A GEOGRAFIA CRUEL da economia, da posse de terras ir pra puta que o pariu. quero ouvir os muros gritando! amém!
Kaio Miotti |
amém ... em todas as folhas brancas espalhadas pelas ruas ...
ResponderExcluirSábio Miotti Kun!
ResponderExcluirvou compartilhar. muito bom!
ResponderExcluireeeeeeééééh meu irmão!
ResponderExcluirjuntos estamos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
muros também imitam gente, alguns tem sabedoria
ResponderExcluirpintar o muro, tanto faz... Poucos entendem a expressão, quem quiser que pinte, e quem quiser entenda.
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