quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Oxalá, capoeira!

Capoeira

Capoeira atitude histórica escrita pelo corpo;
Manifestação contra a intolerância racial;
Luta, dança, ritmo, e vigor físico, dramatização;
Corpo, capoeira carne, prazer, combate.
Catados de trechos do discurso “Brasil, Paz no Mundo” proferido em Genebra, na ONU, em 19 de Agosto de 2004 pelo então Ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil.

Capoeira embuchada na Angola, capoeira rebento em Brasil, desde agora pouco capoeira em estatística: praticada em 5 continentes á pernadas e corações de mestres brasileiros.
            Capoeira Oi sim sim sim, Oi não não não. Ou de Parafuso pra acertar soldado montado; de banda o capoeira bate no kara pálida; dança, raça, resistência:   
Quilombola mandingueiro
Jogador de capoeira
Mestre Bimba era o rei
Da Pituba à Ribeira

Quilombola mandingueiro
Jogador de capoeira
Chegava duro e manhoso
Nossa arte verdadeira

Capoeira tem hora
Joga com garra e mandinga
Esse jogo é tinhoso, não é Angola
É capoeira de Bimba
Oi sim sim sim
Oi não não não

Capoeira de pais Africanos, nascida em Brasil. Legados africanos transformados, afro-. Sincretismo. Séc. XIX capoeira jargão social pra marginal que ameaçava a ordem. Que ordem? Criminalizada. Derrubando, de certa e boa forma, o europeu no grosso da idéia. Bimba: estivador: pão com faca.
Eee faca de pão
Eee faca de pão, camará
Eee sabe furar
Eee sabe furar, camará
Eee quer me matar
Eee quer me matar, camará
Eee viva meu mestre
Eee viva meu mestre, camará
Eee a malandragem
Eee a malandragem, camará
Eee faca de pão
Eee faca de pão, camará

foto: Letícia Futata

O crepúsculo anunciado no floreio de pernas e palmas: capoeira na praça, criando bambas; a galera entrando no aço, não, não tão apanhando, é só o fio do berimbau conduzindo a roda na mandingueira.


Kaio Miotti

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